quarta-feira, 27 de junho de 2012
Música na vida
Canto como quem arranca
das entranhas
um sentimento de existir
face ao mundo
embebido de amor.
Em cada canto,
ainda que não tenha sido eu o autor,
é como se a descrição exata
da minha vida
estivesse sendo traduzida
nas experiências
do compositor.
Percebo o quanto se comunica,
nesse contato musical,
e como fica sendo lembrada em nossa mente,
repetidas vezes, docemente,
a poesia e seu punhal.
E a melodia,
tão rica em proporcionar fantasias,
torna a composição, em cada nota,
uma obra magistral.
Querida
Deixei as roupas que não mais me cabem
para seguir nu pelos caminhos da vida,
buscando aquele amor arrebatador
que me consome a alma sofrida.
Deixei o medo que tanto me arde,
e sobre o qual o meu sonho se elevou,
agora vivo em grande paz,
na espectativa de reencontrar o amor.
Se deixo tudo o que já se sabe,
é porque espero o universo conspirador
fazer aquele reajuste ou qualquer milagre,
torcendo para que se apague toda essa dor.
Deixei o passado e busco fazer as pazes,
para ser, querida, teu beija-flor.
EXISTIR
Eu vivo pensando, pensando,
querendo entender
o que me faz sentir e o que me faz ser.
Sentir é diferente de ser.
Sentir é natural,
profundo e tentador.
Mas ser é complicado,
exige, da gente, forma.
E para chegar a determinada forma
é preciso sofrer.
A forma do ser se adquire com a modelagem dos sentimentos,
como a argila manuseada pelo artista,
até ficar bela.
Um ser lapidado sente sem sofrer.
querendo entender
o que me faz sentir e o que me faz ser.
Sentir é diferente de ser.
Sentir é natural,
profundo e tentador.
Mas ser é complicado,
exige, da gente, forma.
E para chegar a determinada forma
é preciso sofrer.
A forma do ser se adquire com a modelagem dos sentimentos,
como a argila manuseada pelo artista,
até ficar bela.
Um ser lapidado sente sem sofrer.
POEMA
Não é matando que se permanece vivo,
pois o amor precisa ser amigo,
se um fala seriamente
e o outro não dá ouvidos,
o sentimento fica comprimido.
A dor de cabeça fica mais dormente,
o corpo quente esfria-se mesmo a perigo,
porque no fundo daquela ausência,
a carência vive a espreitar fora,
um outro amor em outro amigo.
O amigo é um amor em potencial,
é o que evapora a lágrima e separa o sal,
até sublimar doce orvalho
sobre a flor e sobre o corpo,
até novo ciclo de água sentimental.
Matando... permanece vivo o corpo,
mas a alma se desfaz em fluídos ardentes,
como se herdasse do amor o umbral.
pois o amor precisa ser amigo,
se um fala seriamente
e o outro não dá ouvidos,
o sentimento fica comprimido.
A dor de cabeça fica mais dormente,
o corpo quente esfria-se mesmo a perigo,
porque no fundo daquela ausência,
a carência vive a espreitar fora,
um outro amor em outro amigo.
O amigo é um amor em potencial,
é o que evapora a lágrima e separa o sal,
até sublimar doce orvalho
sobre a flor e sobre o corpo,
até novo ciclo de água sentimental.
Matando... permanece vivo o corpo,
mas a alma se desfaz em fluídos ardentes,
como se herdasse do amor o umbral.
A Novidade Nº III
Quero a novidade escondida
por trás da palavra na língua
ou por detrás de qualquer sinal desesperado
de quem for capaz
de anunciar nova vida.
Quero botar o dedo na ferida
até me recuperar da herança adquirida
em papéis que o sangue contamina
mesmo depois de desbotar
e ficar amarelado,
como as nuvens nordestinas.
Quero me lançar aos braços
do vento, que desbaratina
o calor que faz nessa cidade,
porque quando fica mais tarde
é a música me invade com irreverência,
ou melhor, com toda potência!
Como uma novidade!
por trás da palavra na língua
ou por detrás de qualquer sinal desesperado
de quem for capaz
de anunciar nova vida.
Quero botar o dedo na ferida
até me recuperar da herança adquirida
em papéis que o sangue contamina
mesmo depois de desbotar
e ficar amarelado,
como as nuvens nordestinas.
Quero me lançar aos braços
do vento, que desbaratina
o calor que faz nessa cidade,
porque quando fica mais tarde
é a música me invade com irreverência,
ou melhor, com toda potência!
Como uma novidade!
À Mulher Amada
Esperar que venhas
sem as armaduras que utilizastes dantes
sem haver arquétipos que me afastem nessa mesma hora,
eis o que mais quero:
apenas esperar que venhas simplesmente,
para o encontro mágico das nossas almas,
ao despertar da súbita aurora.
Há tempos confrontando fantasmas,
verdadeiros moinhos de ventos, exércitos imaginários e mágoas,
para revelar-me assim desprezando a morte
de cada minuto que passa,
fez-me acreditar que as estações consagram
o que o coração amante abraça em suas asas.
E a emoção que trago em cada palavra
é o quinhão de luz que perpassa pelo inferno,
tão pura quanto a água.
Doravante, a viver sem derramar tantas lágrimas,
sem incorrer noutros impropérios que tanto nos desgastaram,
buscarei compreender o mistério
e estarei aberto ao amor,
como romântico entregue às serenatas,
a esperar que venhas, não em sonhos,
mas para seres a minha mulher,
verdadeiramente, amada.
sem as armaduras que utilizastes dantes
sem haver arquétipos que me afastem nessa mesma hora,
eis o que mais quero:
apenas esperar que venhas simplesmente,
para o encontro mágico das nossas almas,
ao despertar da súbita aurora.
Há tempos confrontando fantasmas,
verdadeiros moinhos de ventos, exércitos imaginários e mágoas,
para revelar-me assim desprezando a morte
de cada minuto que passa,
fez-me acreditar que as estações consagram
o que o coração amante abraça em suas asas.
E a emoção que trago em cada palavra
é o quinhão de luz que perpassa pelo inferno,
tão pura quanto a água.
Doravante, a viver sem derramar tantas lágrimas,
sem incorrer noutros impropérios que tanto nos desgastaram,
buscarei compreender o mistério
e estarei aberto ao amor,
como romântico entregue às serenatas,
a esperar que venhas, não em sonhos,
mas para seres a minha mulher,
verdadeiramente, amada.
O HOMEM ADOECE EM SUA CASA
Enquanto o Sol brilha sobre a Terra,
ou quando as nuvens se aproximam, carregadas,
a trazer chuva para os campos e rios;
Enquanto os pássaros cantam nas árvores
e as flores começam a aparecer no inverno;
Enquanto o vento sopra,
a provocar uma brisa que refresca;
Enquanto o tempo passa,
sem que volte jamais e sem parar para esperar...;
O homem adoece em sua casa,
porque está preso ao materialismo,
como um predador faminto por dinheiro e status.
Logo, incapaz de ouvir a música do Regente da Vida,
a pulsar no seu interior...
porque o homem está enrigecido no seu intelecto
e embrutecido no campo do sentimento!!!
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